terça-feira, 28 de outubro de 2014

A TRES PASSOS DE TRES PASSOS

Saimos da aduana brasileira por volta das 18h. Estavamos novamente no Brasil e eu não posso negar que sentia um certo alivio naquele momento, apesar da tristeza de já estar voltando pra casa, com um mundo inteiro a ser explorado!

Buscavamos primeiramente uma delegacia para fazermos o BO da perda dos cartoes de credito, documentos, etc... E ainda sonhavamos em chegar a chapecó no mesmo dia e pernoitar por lá!

Logo na saida de Porto Maua a Di encontrou sua obsessao da vez: trigo! Varios hectares de trigo, amarelinho, bonitinho e balangando com o vento... Muitas fotos trigais e alguma colheita, voltamos pra estrada! E agora possuiamos 3 belissimos raminhos de trigo gaucho!

Conforme a noite foi caindo a sensaçao de inseguraça das estradas brasileiras se apresentava... Nao era como na Argentina ou no Chile, que trafegavamos madrugadas a dentro e nos sentiamos tranquilos... Buracos, curvas cegas,  excesso de velocidade dos caminhoneiros, mais buracos, sinalizaçao precaria e ainda mais buracos.

Paramos  num posto para abastecer e resolvemos jantar. Que comidinha deliciosa! Feijao preto, macarrao, Carnes hem gostosas e saladas!!! Matamos as saudades da comida brazuca da melhor forma possivel!

Lá pelas tantas, depois de desistirmos da Delegacia, resolvemos abortar tambem a missao de chegar a chapecó... Olhamos pelo GPS e a cidade mais proxima era Tres Passos! Otimo! Era ali que dormiriamos essa noite.

Ja dentro da cidade, buscamos algumas opcoes de pousadas e hoteis e logo no primeiro que ligamos, fomos super bem atendidos, nos ofertaram um otimo preco e decidimos ir pra lá!

Com o dono nos indicando o caminho pelo telefone, depois de algumas "erradas" conseguimos chegar! Fomos recebidos por uma simpatica familia de gauchos, em uma deliciosa pousadinha cheia de chalezinhos pitorescos e agradaveis chamada Verde Vale (recomendadissima)!!!!
Os proprietarios nos acomodaram em um quartinho super aconchegante e finalmente poderiamos descansar desse dia de travessia tao intenso!

O dia seguinte era de chegar em Penha - SC, onde finalmente a Diana poderia dizer que estava em casa!


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

FRONTEIRA ARGENTINA X BRASIL - CADÊ?

Chegamos a fronteira animados! Do outro lado do Rio de aguas turvas ja avistavamos nosso Brasil-brasileiro e era aliviante a sensaçao de estar "chegando em casa"!
A aduana Argentina era pequenininha e simples. Chegamos no unico guiche, entregamos os passaportes e os documentos do carro.... Documentos do carro? Cadê? Diana, vc viu os documentos do carro?
Assim me afastei do guiche, rumo a Freebie, certo de que encontraria a "certidao de nascimento" daquala freelander que ali se encontrava, doida pra chegar em seu país-lar...
Revistei os porta-mapas e Nada... Console central... Nada!... Debaixo dos bancos e obviamente NADA! *Frio na barriga*
E la vem a Di, toda confiante dizendo "tá aí!"... Uhm hum... Tá Sim...
Reviramos tudo e nada... Entao começamos a puxar pela memoria sobre o paradeiro do doc e chegamos a conclusao que a ultima vez que o vimos havia sido em Paso de Jama, na fronteira da Argentina com o Chile!
Mesmo tendo sido parados 3 vezes durante a travessia da Argentina (por mim denominada "transhermanica"), nao nos demos conta de que o CRLV da freebie agora, tambem como minha carteira, jazia em terras estrangeiras, sem direito a funeral na terra natal!
A apatia pegou a gente direitinho... Sem tempo, pois deveria voltar ao trabalho em 5 dias, sem dinheiro e com o crlv a provavelmente 2.500km de distancia... O que fariamos?
Nesse momento surge o funcionario da Aduana Argentina com nossos passaportes (que no desespero acabamos deixando por lá) e a solução, com a seguinte frase: "tienes que comprar los tickets de la balsa,  o non conseguira cruzar."
Eu respondi que  Nao haviamos encontrado os documentos e que provavelmente teriamos perdido em Jama... Ele me entregou os passaportes e disse "Se non comprar los tickets ahora se van perder la balsa... Es la ultima!" E nos acenou simpaticamente com a cabeça, em forma de alforria...
Fui comprar os tickets e por uma coincidencia divina o valor era exatamente o que tinhamos na carteira... 115 pesos argentinos!
Tickets comprados, embarcamos na balsa e quando o funcionario veio pedir o comprovante do pagamento... Cadê??? É sério? De novo? Pqp Nao aguento mais...
Foi um tal de revira carro, bolso, bolsa... Nada... Por fim achamos na bolsinha de moedas, entregamos e a balsa partiu rumo so Brasil!
Ainda teriamos pela frente a aduana brasileira, mas estavamos mais tranquilos pois ja nos sentiamos "em casa", com sinal de celular, acesso ao sistema do Detran, etc...
Saimos da balsa direto para o guarda da PF, que ao melhor estilo do "guardiao da ponte" ( de monty phyton e o calice sagrado) nos fez tres perguntas. Eram elas:
-vcs sao brasileiros?
-o carro eh brasileiro?
-voces tem compras a declarar?
Acertamos as tres e fomos liberados! E assim chegamos ao Rio Grande do Sul!


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

DOIS DIAS SEM SAIR DE CIMA

Nos dois dias seguintes passamos basicamente na estrada!
Saimos de salta por volta das 9am e seguimos rumo a Corrientes. Pela segunda vez dirigiriamos 980km, basicamente pela ruta 16.

Financieramente não estavamos muito "saudaveis", mas tinhamos o suficiente para combustivel e aguardavamos a transferencia da minha conta para a da Di ser efetivada, missao dada a minha Gerente em carater emergencial. "Saparada" nao caia nunca!

Anestesiados pela vontade de chegar, ate que o trecho passou rápido! Chegamos em um hotel "engomadinho", mais ordinario do que bonitinho, chamado "hotel identidad". Lá foi o ultimo suspiro do cartao da Di... Nao passou! Felizmente eles aceitavam reais pelo cambio Oficial, o qur nao necessariamente é um otimo negocio, mas serviu!

Hospedagem paga, banheiro enxarcado (pq o box era estupido), sono e cama! A manha seguinte, cafe da manhã mixuruca, consideravelmente mais pobrezinho que os nossos de camping, banhados por uma TV sintonizada em programa infantil, com uma apredentadora estilo "paty beijo" que entretia os idosos executivos do salão!

Queimamos alguns minutos decidindo por qual fronteira passar e resolvemos ir para Alba Paso x Porto Mauá, pois teriamos de brinde uma travessia de balsa para chegarmos em terras tupinikins!
Aproveitamos e cambiamos mais algum trocado no hotel , enchemos o tanque e seguimos. Nesse Segundo dia teriamos pelo menos 500km ate a fronteira e a idea inicial era dirigir até xaxim, já no estado de SC.

250km a frente paramos e reabastecemos, praticamente esgotando nosso estoque de pesos argentinos. Nos restavam apenas 115 ARS e praticamente a conta certa de combustivel para chegar so Brasil.
Há 50km da fronteira, ja com mais ou menos 1/4 de tanque, resolvemos tentar abastecer usando dolares! Conseguimos uma boa taxa, acima do cambio Oficial e praticamente enchemos o tanque e zeramos os nosso "Obamas". Todos em notas miudinhas de 5 e 1 USD, para desespero do frentista! (Fora do Brasil eles tem um preconceito enorme com notas estrangeiras pequenas e em mal estado, apesar da moeda deles circular em um pessimo estado de conservacao tambem) Como estavamos "duros", nao restou muita opção ao posto, senao aceitar e nos liberar!

Aliviados, abastecidos, felizes e contentes, partimos rumo a Alba Posse! Ja estavamos chegando ao Brasil e já não tinha mais muita coisa a dar errado...






terça-feira, 14 de outubro de 2014

O INÍCIO DO FIM

Diana, eu e o Alexandre, no Camping
Então tá... Cartão funcionando, algum dinheiro cambiado e é hora de juntar as coisas e começar o trajeto de volta! Tomamos café com o Alexandre no camping, fomos a cidade encher o tanque, almoçar e sair. Comemos uma "cassuela de pollo" e um "pastel de choclo". A casuela muito saborosa, o pastel (que do que conhecemos como pastel não tem nada), nem tanto... O atendimento demorado nos agoniou um pouco, pois tinhamos que estar na fronteira até as 18h.
Depois do rango, partimos, novamente subindo os Andes, só que agora mais preocupados e precavidos contra o soroche! Chazinho de coca na garrafa termica e umas folhinhas separadas para mascar, caso a situaçao apertasse! Com a freebie bem pesada o subidao dos Andes foi dificil, feito basicamente em segunda marcha (no manual) e forçando bem o giro... Tão forçado que com a altitude ela acabou fervendo! O.o


O Deserto, a neve e a Laguna
Paramos um pouco para a temp normalizar, o que não demorou muito devido ao frio e vento que faziam... Seguimos, mas mais alertas, mais devagar e com a certeza de que teriamos que parar para completar a agua em Paso de Jama, o que certamente nos custaria ainda mais tempo!
Durante a subida aproveitamos as lindissimas paisagens que os Andes nos proporcionaram, absolutamente distintas das que haviamos visto há uma semana atras quando cruzamos por ali! Neve, Lagunas, deserto... Tudo misturado em uma mesma visão impressionante e hipnotizante!


Atravessando os Andes
Chegamos ao Paso de Jama por volta das 17:30, bem em cima da hora limite, fizemos os tramites e fomos ao YPF esperar o carro esfriar para verificar a agua e prosseguir.
Pelas 19:30 o carro esfriou, completamos o sistema e voltamos pra estrada. Mais uma vez passamos pelo Gran Salar no escuro... Nao foi dessa vez que o admiramos. Descemos os Andes quando a noite já havia caído! Outra experiencia unica, com uma injeçao extra de adrenalina!


Neve All around!!!!
Quando chegamos a Salta, lá pelas 1:30 am o rapaz da recepçao do hotel disse que estava sem vaga, o maior problema possivel para nós! Começou entao a busca por um outro hotel! Até o recepcionista estava ajudando... Ligava para outros hoteis, perguntava sobre vagas e nos dava dicas... Apesar do cansaço imenso, demos boas risadas e mais uma vez fomos brindados com a simpatia dos salteños!
Por fim ele nos ofereceu um cantinho para estacionar, mas com a necessidade de tirar  o carro cedo, pois a Freebie ficaria bloqueando o portão da garagem! Aceitamos porque eu já não aguentava mais de cansaço e precisava de uma cama para esticar as costas...


O dia seguinte seria de encarar mais uma vez a Rua 16, 70km de buracos e cabrinhas atravessando o caminho!



domingo, 12 de outubro de 2014

A SEGUNDA DECISIVA

Acordamos agitados e tensos com a necessidade de resolver o problema da carteira fujona e logo após o "desayuno" fomos ao banco na esperança de que o cartão da Diana estivesse pré-habilitado para movimentar no exterior... #fail tivemos que cambiar alguns dos nossos reais sobreviventes em Chilenos, ir a cabine telefonica local (fica dentro dos correios) e ligar para o BB solicitando o serviço. O funcionario nos informou que levaria até 48h para que a habilitaçao fosse concluida, o que seria um caos pra gente, já que o dinheiro e o tempo estavam esgotando... A mãe da Di, em um ato heróico e salvador, depositou alguma grana na Boca do caixa, assim a compensação seria imediata e só dependeriamos da liberaçao do cartão.
Tinhamos combinado com o Diniz que se a D2 estivesse funcionando direitinho, subiriamos para os pés do Licancabur pelo lado boliviano, nas lagunas Verde e Blanca. Compramos o dexron II para completar o sistema do ACE e fomos testar! A boa noticia foi: a mangueira improvisada não rompeu. A má noticia foi: o retentor de oleo da bomba do ACE foi "pro saco" e transformou a bomba em um belissimo chafariz, digno do aniversario do Chile. Mais uma vez a ida a Bolivia se frustrara...
Passamos o dia no camping, que nessa hora já não tinha mais ninguem fora nós tres, contando historias divertidas e arrumando um pouco as coisas...
A Noite eu Di fomos no centro tentar sacar dinheiro ( no melhor estilo "vai q funciona").... E não é que deu certo? Felizes e contentes escolhemos um restaurante baratinho para "cenar" e ainda tivemos a grata surpresa de escolher o melhor frango grelhado que já comemos na vida! Ficamos tão maravilhados e animados que nem lembramos de tomar nota do nome do restaurante... Rsrsrs
Compramos também umas poucas lembrancinhas pois estavamos em conteçao absoluta de custos e fomos para o camping descansar!
O dia seguinte seria o início do fim da nossa viagem!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A SAGA DOS GEISERS DEL TATIO

Dormimos muito mal com o falatório dos mal educados do camping, mas por sorte eu consegui despertar e arrancar a Di do saco de dormir (as 4:20 da manhã).
Pulamos da barraca, entramos no carro ainda meio sonolentos e saimos, ainda sem enxergar a rota direito por conta do sono, em busca dos geisers! Conseguimos achar o caminho seguindo uma galera que nos deu a "pista" de por onde seria...
Imprimi um ritmo forte pelo caminho, afinal tinhamos 90km de uma sinuosa estradinha de Terra, com travessia de riachos e subidas ingrimes para chegarmos a 4200m de altitude, isso em menos de 1:30, pq acordamos atrasados... De "brinde" ainda pegamos -11°C ao longo do caminho e agradecemos muito pela Freebie ter aquecimento interno (achei que nunca precisaria usar isso...)
Chegamos la ainda a escuro, com a lua se pondo e os Geysers começando a abrir. Vimos o Sol nascer, centenas de fumacinhas brotando do chão com aguas fervendo por toda a parte e a temperatura externa mantendo os -4°C firme forte!
A Diana, morrendo de frio, relutava toda vez q tinha que sair do carro... Eu, pelo contrario, parecia o tarado dos geysers, correndo na neve e batendo fotos de tudo! Ainda resolvi copiar as vans de turistas e fazer meu proprio cafe da manha ali mesmo! Abri a mesa, peguei as cadeirinhas, o fogao, um Leite achocolatado e o sucrilhos e fiquei sentado Ali, curtindo a temperature negativa enquanto a Diana se escondia na Freebie tomando uma xicarazinha do chocolate q eu esquentei! Conheci uma familia de medicos curitibanos muito simpatica que nos deu algumas dicas e mostrou belas fotos das lagunas altiplanicas, nosso provavel proximo destino.
Fizemos uma breve visita a piscina de aguas termais, mas resolvemos nao entrar e depois seguimos em direçao a cidade para planejar nosso proximo passeio.
Pelo caminho descobrimos que a estrada era incrivelmente Linda! Lagunas, guanacos, lhamas e flamingos habitavam o caminho, que beirava os pes do lindo e imponente vulcão Licancabur!
Batemos duzias e duzias de fotos e voltamos a cidade para abastecer e partir para nosso proximo destino!
Finalizado o abastecimento, demos conta que a minha carteira não estava mais entre nós... Reviramos o carro inteiro em busca dela enquanto o frentista nos olhava atravessado, mas Nada... Realmente ela havia sumido! Tinhamos alguns dolares e reais ainda, entao fomos trocar para pagar o posto e voltamos aos geysers em busca da famigerada e desaparecida "billetera"... Buscamos em todos os locais que haviamos parado, mas Nada... Realmente teriamos que encarar essa "baixa" na nossa viagem...
No caminho de Volta ao camping o cansaço bateu pesado e tivemos que fazer uma parada estrategica para um cochilo! Encostamos o carro em um mirante pelo caminho e investimos Meia horinha na nossa segurança para o caminho de Volta... Tiramos uma soneca e depois retornamos.
Como era Domingo, nao havia muito o que fazer... "Modo economia: ligado" e aguardar ate o dia seguinte para habilitarmos o cartao da Di para movimentacoes internacionais... Cozinhamos no camping, ajudamos o Alexandre a tentar "remendar" a mangueira do ACE da Discovery 2 dele e fomos dormir com a tensao do que aconteceria com a nossa vida financeira no dia seguinte!
Prejus do dia:
- carteira
-cartao de debito
-cartao de credito
-CNH
-carteira da PADI
-vale refeicao
-carteirinha do clube
-200mil chilenos
Segue o jogo!



sábado, 4 de outubro de 2014

A VOLTA A SAN PEDRO DE ATACAMA E OS PUEBLOS DO DESERTO

Saimos de Antofagasta rumo a San Pedro do Atacama onde iriamos passar somente mais um dia (Domingo), fazer o que desse de passeios e ir embora...
Tambem iriamos tentar ajudar o Alexandre, dos "Amigos Land Rover" que estava com problemas na sua Discovery 2 e acampava em algum lugar de San Pedro...
Fizemos uma viagem tranquila, mas continuavamos intrigados com a quantidade de povoados abandonados a beira da Estrada... Lá pelas tantas resolvemos entrar em um desses "pueblos" e dar uma investigada....
Centenas de casas abandonadas e depredadas pelo tempo, igrejas, cemiterios, lojas e depositos... Muita historia deixada pra tras e muitos pontos de interrogação sobre o que havia acontecido ali... O cenario lembrava resident evil e a sensacao eh de que zumbis surgiriam de dentro dos escombros a qualquer momento... Nao tivemos nem muita coragem de descer do carro... Batemos varias fotos e partimos com mais duvidas do que quando entramos...
Chegando a San Pedro fomos direto ao hostel que haviamos agendado no booking.com... Um lugar simples, com uma dona simpatica, uma cama limpinha e um ar agradavel... Infelizmente nosso carro nao coube na vaga (Pela altura) e deixamos o hostel em busca de algum outro lugar para dormir que conseguissemos guardar nossa "casa", afinal, a freebie tambem precisa de um teto seguro!
Com o feriado nacional, a cidade estava lotada e os poucos lugares com "habitaciones" disponiveis eram bem caros... Tentamos alguns campings, mas ate eles estavam lotados...felizmente a simpatica dona do hostel que nao pudemos ficar havia nos indicado 3 estabelecimentos que permitiam acampamento. Nos dois primeiros nada de vagas... No terceiro e ultimo (Los abuelos) havia disponibilidade! Entramos e coincidentemente demos de cara com o Alexandre Diniz! Agora tinhamos lugar pra ficar e ao mesmo tempo achavamos o amigo que estavamos procurando! Perfeito!
Montamos as coisas, pegamos dicas sobre nosso prox passeio (geisers del tatio) com o Diniz e fomos nos organizar para dormir! Domingo seria um dia agitado e divertido!


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ANTOFAGASTA - O LITORAL DO DESERTO

Depois da nossa breve aventura com a Bela (e pixada!!! :/) Mão do Deserto, retornamos rumo ao nosso destino final, Antofagasta!
chegar lá foi interessante! Andamos cerca de 400km cercados de areia e montanhas... Nos perguntavamos, em meio aquele cenario todo, aonde poderia estar o mar! O clima, sempre muito seco, apimentava ainda mais essa nossa curiosidade e o Pacifico nunca dava as caras!
Após descermos uma serra de cerca de 20km, surge detrás das montanhas de areia ele! O mar! Banhado pelos dourados filetes do Sol se pondo e quebrando com força nas pedras da costa.
Nossos olhos encantados com a paisagem e nossos narizes aliviados de estarem respirando um arzinho umido e sentindo o familiar cheiro da maresia.
Tivemos q desvendar um lugar para comer, pois estava praticamente tudo fechado por conta do niver do Chile... Demos sorte de achar um pub que tinha acabado de abrir e para nossa alegria, servia almoço!
Passamos um dia e meio em Antofagasta, nos recuperando do stress da queima da bobina e sem conseguir resolver muitas coisas, porque praticamente tudo ficou fechado na quinta, sexta e sabado, por conta do niver do Chile! Foi bom para relaxarmos, comermos bem e namorarmos a beira do pacifico! Saimos do hotel no sabado pela manhã e fomos as ruinas de Huanchaca, as ruinas de uma processadora de prata de 1800. A ideia do passeio é legal, mas só se pode ver as ruinas de longe, entao perde um pouco a graça! Vale pelo museu do deserto, que fica no mesmo complexo das ruinas e tem bastante informaçoes sobre as formaçoes rochosas, salares e lagunas locais!
Nesse dia passamos tambem no Jumbo, um hirmercado chileno que tem muitas coisas legais e um almoço fantástico! Alem de delicioso, muito bem servido!
Hora de voltar a San Pedro do Atacama e ir em busca de mais paisagens maravilhosas do deserto!



sábado, 27 de setembro de 2014

CHI-CHI-LE-LE! VIVA CHILE!

Nossa primeira manhã no Chile, em pleno aniversário do país foi Verde e Amarela!
Acordamos cedinho para partir rumo a Antofagasta e a Mao do Deserto quando derrepente ouvimos: "vocês vieram de São Paulo?" (Certamente pela placa da Freebie, que é de SJC) em um português familiar e com sotaque carioca!
Era o inicio de um gostoso café da manhã com uma familia de brasileiros que estavam no mesmo hotel que a gente e são donos de uma oficina 4x4 em Niterói! (Infelizmente perdemos o contato de vocês em um episodio q rolou mais pra frente... Se puderem, nos mandem uma msgzinha!)
Saimos do Cabañas El Toconao rumo a Antofagasta em busca de uma oficina Land Rover que tivesse um scanner só para checarmos se tudo estava realmente OK com a freebie... Logo no inicio do caminho, antes de chegarmos até mesmo a San Pedro, encontramos uma plaquinha que dizia "Laguna de Cejar", nem exitamos em pegar a Estrada de areia batida que nos direcionava para o meio do Deserto e terminava em um complexo de tres lagoas lindissimas!
Caminhamos pela lama em busca da foto perfeita na Laguna de Cejar e molhamos as canelas na Laguna del Sol, uma Laguna com a salinidade altissima, onde não se consegue afundar sem lastro (e é tenso de entrar por causa do frio!)
Partimos rumo a Calama, abastecemos e depois traçamos a rota para a Mão do Deserto! É uma construção é linda, mas infrlizmente depredada pelos turistas com muitas pixações...
Batemos muitas fotos e depois fomos explorar as montanhas alí por trás. Em seguida fomos até Antofagasta e fomos recebidos por um delicioso por do sol no Pacifico e com arzinho umido bem no meio do deserto!
Chegamos no nosso hotel (Ibis) e nos deparamos com uma caminha deliciosa e um chuveiro fantastico! Estavamos precisando de um pouquinho disso pra variar!
Nesse dia (18/09) era aniversario do Chile e do meu filho, Philipe! Muitos motivos para comemorarmos!!! \o/

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CAMINHO DE NUVENS








Fileiras de nuvens.



As nuvens pareciam se descolar de algum lugar por de tráz das montanhas... E em seguida se agrupavam em filas parelelas. Do lado oposto o sol se punha... Olhando o quadro completo poderia mesmo imaginar que as gotículas de água condensadas marchavam em direção ao astro rei... E com pressa!Ele estava quase todo escondido e o frio ia se impondo, entardecer a dentro, com muito vigor. 


Nas Cordilheiras.
Seguimos por um asfalto bem pavimentado intercalado por trechos de terra que serpenteavam montanha a cima. Vimos a temperatura cair abruptamente... Em uma hora o termometro foi de 25 a 11 graus.

Os raios de sol fizeram um espetáculo de múltiplas cores... Como se o céu fosse um anfiteatro, acompanhamos a mutação dos tons com a sensação de estarmos de verdade em assentos de camarote... 
Foi assim até a noite cair por completo.

Seguir o caminho pro Chile via Cordilheiras foi como seguir por um caminho de nuvens. Nas palavras do Rand "os Andes não pareciam mais tão grandes e nem tão distantes".

Nuvens coloridas.
Pela manhã, antes de deixarmos Cafayate, o Rand havia me dado um potinho de barro que dizia "Rayzitos de sol", uma lembrancinha carinhosa da cidade que conhecemos e adoramos...

Enquanto assistia a beleza das cores que o sol produzia nas nuvens pensei que eram daqueles raios de sol que me lembraria sempre que olhasse para aquele potinho de raios solares.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ADUANA CHILENA, SOROCHE E A ATERRISAGEM EM SAN PEDRO DO ATACAMA

No meio da madrugada a Diana levantou com dores de cabeça novamente... Logo imaginamos que seria mais um longo dia de enxaqueca!

Apesar do quartinho do YPF ser muito novinho, limpinho e arrumado, nem eu nem ela conseguimos descansar bem.

Levantamos e fomos tomar o desayuno, que estava incluido na diaria (dois pãesinhos e café com leite). Diana, ainda com dores de cabeça, levantou antes da mesa e foi tentar descansar mais. Ela realmente não estava bem... Dores fortissimas na cabeça e um enjoo fenomenal!

Entramos na Aduana e começamos os tramites de saida da Argentina e entrada no Chile. Diferente de todo tratamento que haviamos recebido dos "hermanos" até entao, a senhora da aduana Argentina, depois que  descobriu que eramos brasileiros foi grosseira e seca. Pelo lado chileno fomos muito bem recebidos! Uma senhora da vigilancia santinaria quando finalizava a inspeçao do carro, percebeu o estado da Di e matou a charada... SOROCHE! Ela estava com o mal da altitude! Estavamos a 4200m e tinhamos nos alimentado basicamente de empanadas e coca-cola no dia anterior! Uma combinaçao explosiva de carne e refri com gás para subir! E ainda iriamos a 5200 na travessia dos Andes!

Muito amavel, a senhora nos recomendou descer bem devagar para evitar a piora do estado da Di e que eu ficasse mal também. Entramos na Freebie e partimos pro Chile!

Passados uns 50km a Freelander perdeu muita força e nos obrigou a encostar. Definirivamente estavamos com problemas! Muito, mas MUITO vento, um ar chuvoso e nós Ali, parados no meio dos Andes, onde passa no maximo um carro por hora...

Com a dica do Fraga de quais os cilindros que poderiam apresentar falha de bobina, escolhi um e troquei! Bingo! Freebie de volta a pista! Chegamos a San Pedro do Atacama por volta das 14h. A cidade é simpatica e extremamente alternativa! E ainda nos deparamos com um a enorme festa! Era aniversario do Chile!

Almoçamos, sacamos algum dinheiro e partimos para Toconao, aonde ficava nosso hotel, mas ainda preocupados com a Freebie. Decidimos que no dia seguinte partiriamos para Antofagasta, em busca de uma revenda de peças para comprarmos mais uma bobina e continuar nossa aventura!

sábado, 20 de setembro de 2014

AINDA SOBRE CAFAYATE...

Quebrada das Flechas.
Rand, atravessando o Rio Colorado.
Caimos em Cafayate de “paraquedas” e fomos recebidos de braços abertos... Estávamos dirigindo a dias e foi nesse distrito, com ar de “Pueblo saltenho”, que nos sentimos pela primeira vez, desde que pegamos a estrada, como se estivéssemos “em casa”.  

A cidade é toda construída em estilo colonial e barroco, os artesanatos são voltados aos temas e as simbologias rupestres e a culinária excelente, regada por vinhos e carnes.

Os Valles Calchaquís, de ares secos, são formados por montanhas desérticas e paisagens lunares de argila e minerais andinos, mas apresentam também grandes áreas cobertas por vinhedos e uma vegetação que, em determinados trechos, chega a ser surpreendentemente densa.

Sobre a temperatura... Posso dizer que o sol por lá sempre é veemente, mas (parafraseando um verso de um autor local) “todas as noites o frio volta brando, como uma evocação cotidiana do inverno” .

Pelos Vales Calchaquis
Em Cafayate comemos e dormimos bem, visitamos vinícolas, experimentamos seus vinhos, visitamos povoados afastados, sentamos a mesa com o cacique, escalamos montanhas, caminhamos à beira do Rio Colorado (vindo degelado dos Andes)... Assistimos as Cordilheiras distantes, ornamentando toda a cidade... Estar lá nos causava uma sensação tão gostosa que foi difícil continuarmos a viagem... rs.

Nosso Presente!!
Quando demos adeus a Andrea, dona do Hostel onde nos hospedamos, fiquei com vontade de chorar. O Rand e eu ganhos um lindo vazinho... Espero conseguir passar com ele por todas as fronteiras. O mimoso cactus que a Andrea nos deu vai para o Brasil! E será sempre um lindo “recuerdo” da amizade que fizemos e de tudo o que vivemos por lá... Obrigada pela estadia carinhosa Andrea!

Sobre Cafayate, deixo uma frase que li no museu local: "Flaqueada por sus rios, rodeada por sus vinas... Cafayate sabe lo que es estar cerca del cielo"










sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DESPEDIDA DE CAFAYATE E A SUBIDA DOS ANDES

Apesar da energia maravilhosa de Cafayate, tinhamos que seguir viagem! 
Decidimos que iriamos até o Deserto do Atacama, Chile, e então acordamos e começamos a reorganizar a Freebie para a viagem. 
Nos despedimos da Andrea por volta das 11am e passamos no restaurante "el hornito" em busca de algumas empanadas para a viagem, mas eles ainda estavam fechados e só abririam depois de meio dia. Então decidimos passar na "heladeria Miranda", e experimentar os ultimos sabores antes de partir! 

Tomamos sorvetes de flan com doce de Leite, banana com doce de leite, chocolate com nozes e laranja. Tudo num potinho de 1/2 litro de isopor (custa 60 ARS) com duas colherezinhas. Tomamos o sorvete na praça e quando nos demos conta da hora já dava tempo de voltar so "El Hornito" e comprar as empanadinhas... Compramos 24, quantidade suficiente para nos sustentar ao longo do grande trajeto q teriamos pela frente (Jujuy, Purmamarca, Susques, Paso de Jama e finalmente San Pedro do Atacama).

Lemos em um site argentino que a fronteira funcionava até Meia Noite, entao mantivemos o passo firme, pois o tempo estava justo. Logo após passarmos por Jujuy já estavamos nos pés dos Andes. As montanhas são incriveis, a paisagem de tirar o folego e o céu caprichosamente enfeitava ainda mais aquilo tudo! Um pouco antes de Purmamarca tem um posto de gasolina (minusculo e preocupante), que é o ultimo até Susques, há cerca de 130km Andes a cima. Como haviamos abastecido em Salta, estavamos tranquilos e seguimos!

Logo após Purmamarca começa realmente a subida! Curvas estreitas, baixas velocidades, muitas montanhas e a temperatura baixando... No intervalo de menos de uma hora a temperatura havia caido quase 15°C (de 26 para 11°C). 

No meio da subida a Freebie começou a falhar um pouco e perdeu bastante potência, mas continuou lutando bravamente contra os Andes... Falhavam pelo ao menos 2 cilindros e o motor não respondia bem ao pedal. Era uma agonia mecânica brindada por um estonteante por-do-sol! Chegamos ao final da primeira grande subida e já no cair da noite estavamos em uma reta enorme, que cruza o Grand Salar! Paramos para tentar bater algumas fotos, mas já não havia luz suficiente.

Chegamos em Susques após mais uma luta ferrenha contra as falhas de bobina da Freebie e as subidas sinuosas dos Andes, em busca de um posto para reabastecermos, respirarmos e seguir viagem!
Achamos uma parada de caminhoneiros, que era o suficiente para darmos uma "aliviada" e pedirmos informações. Disseram que haviam dois postos, um ali perto e outro 3km a frente.  Como não haviamos avistado o primeiro, resolvemos seguir.

Achamos o posto a frente, porém lá não vende gasolina (NAFTA), somente Diesel, então tivemos que retornar e buscar o posto anterior. Encontramos, mas não tinha nenhum funcionário... Por sorte passava um senhor na hora que teve muito boa vontade e ligou para o rapaz que trabalhava lá e ele apareceu rapidinho. Foi o combustivel mais caro da viagem! Pagamos 16.9 pesos por litro (a media vinha sendo 14.5) e seguimos viagem!

De Susques a Paso de Jama foram 130km de estrada muito bem pavimentada e um trecho praticamente reto. Notava-se que a Freebie não estava 100℅ mas iria chegar lá!
Eram 23h quando chegamos em Paso de Jama. As placas indicavam a cidade, mas só avistavamos um punhado de casas de barro, um YPF e o predio da Aduana Chilena. Fomos direto lá, mas pasmem... Já estava cerrada! Uma funcionaria do Chile nos informou que para cruzar de carro, somente até as 18h e de onibus até as 20h.

Faziam 3°C fora do carro, só tinhamos comido empanadas o dia todo e a cidade não parecia ter muitas opções de hospedaria...Legal! Estavamos com frio, sem uma alimentaçao decente, sem onde dormir, há 130km da cidade mais proxima e com o carro falhando!
A funcionaria Chilena que nos atendeu disse que talvez conseguissemos dormir no YPF. Paramos no Posto, mas decidimos dar uma volta pelo "pueblo" em busca de algumas opções e chegamos ao seguinte status: em Paso de Jama as unicas opções de hospedagem sao, ou os quartos que o posto oferece (6unidades) ou uma casinha de barro que tem "hospedage" escrito na porta. Voltamos ao YPF.

Ultimo perrengue do dia foi passar o cartão para pagar a estadia. Nenhum dos dois cartoes funcionava e praticamente todo nosso dinheiro argentino havia ficado no abastecimento anterior!
Conseguimos, contando moedinhas, chegar nos 350 ARS e pagar nossa quentinha noite de sono. E até que o quarto era bonitinho! SSe não tivessemos conseguido, teriamos que sacar o equipamento de camping e dormiriamos ali mesmo no estacionamento da Aduana!
Fomos deitar exaustos, mas aliviados por termos uma cama quentinha e porque no dia seguinte estariamos no Chile!




quinta-feira, 18 de setembro de 2014

CAFAYATE DAY 03 - QUEBRADA DE LAS FLECHAS

Freebie brincando no deserto!
No terceiro (e ultimo) dia de aventuras em Cafayate, nossa missão era chegar até Angastaco, um pueblo pequenino há 86km de onde estavamos, com a promessa de uma deliciosa comida e belissimas paisagens!
Botamos o pé na estrada por volta das 11 da manhã depois de um desayuno preguiçoso e um gostoso bate-papo com nossa "guia" local, Andrea.
Seguimos pela famosa Ruta 40 que nos primeiros 20km é muito bem asfaltada, porem nos 64 restantes, somente ripio e areia!

Mais uma vez o visual foi o destaque! Me sentia em Tatooine, passando por povoados minusculos com pessoas te observando de dentro das casas de barro praticamente em ruinas... Montanhas, montanhas e mais montanhas... Algumas cavernas curiosas e a esperança de encontrar Jawas e Banthas pelo caminho!

Matambre em Angastaco!
Chegamos em Angastaco quase 3h da tarde. Apesar de muito pequena, era a maior cidade de todo o caminho pelo trecho de Terra. Haviam alguns "piscinões" logo no inicio do "pueblo", algumas construçoes rusticas e realmente uma comida deliciosa!
Almoçamos matambre ( carne da costela do boi) com salada Verde e batatas fritas! Que delicia! Uhmmm...

Na volta, fotos e mais fotos! Descobrimos também uma descida para o rio Cachaquí, que a exemplo de todos is outros, estava praticamente seco, com somente um filetezinho d'agua correndo. Obviamente fomos dar uma bisbilhotada por lá!
Logo na saida da Estrada de ripio havia uma blitz da Gendarmeria Nacional. Obviamente nos pararam! E foi ótimo! Nós estavamos na entrada de uma barragem que a Andrea havia nos recomendado!
Cavernas curiosas na Quebrada das Flechas!
Aproveitamos, fizemos a volta e fomos conhecer! O visual Como se fosse uma grande lagoa contrastava com os seus arredores deserticos. Às margens, muito lixo, castigando bastante a natureza local!

Quando chegamos de Volta a Cafayate, fomos tomar um delicioso sorvetinho na "Heladeria Miranda", compramos varias muambinhas e a noite saimos para jantar, novamente no Terruño que nos pareceu ter as melhores opçoes!
Quando acabamos de o jantar fomos para o quarto organizar tudo para facilitar nossa saida no dia seguinte pela manhã!

Amanha, despedida de Cafayete e os Andes!




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CAFAYATE DAY 02

Indo ao Rio Colorado...

No Segundo dia em Cafayate acordamos mais cedo, animados com as primeiras cachoeiras andinas que veriamos, ainda mais acompanhados de um guia aborigene local! Q massa!!
Já no caminho eu e a Di surtamos batendo fotos e mais fotos das montanhas, parreiras, cactus e de tudo mais que aparecia! Que visual!

Chegando ao local de inicio da trilha para as cachoeiras, fomos recebidos pela Milagro, esposa do Cacique da tribo Cachaquí que habita o local (inclusive montanha acima! Tem Cachaquís a até 4800m! Wow!)

Primeira queda d'água.
A Milagro decidiu ela mesma nos acompanhar no "tour"! Que honra! Fomos brindados por aulas sobre as plantas locais, escaladas emocionantes, visuais estonteantes e o mais legal de tudo, a doce e agradavel companhia dela, que mesmo no dia do seu aniversário, se dispôs a nos mostrar a belissima terra em que ela vive! (Quem ganhou o presente fomos nós!)


Subimos por mais ou menos umas duas horas e meia, atravessando cavernas, paredões estreitos que mal tinhamos aonde segurar, subidas ingremes e descidas sinuosas, sempre so redor do belissimo Rio Colorado, das aguas cristalinas! 

Chegamos até a segunda de quatro quedas d'agua e decidimos voltar, pois já estavamos bem cansados e famvolta  (e a Diana ficou com medo de escalar o paredão que levava a proxima queda... Rs)

Pedacinho da paisagem.
Chegando de volta, mais uma grande surpresa! Fomos convidados pelo Cacique a almoçar com eles e comemorar o aniversario da Milagro! Estava tudo uma delicia!

Apos a nossa cansativa  aventura, voltamos ao hostel e apagamos! Só acordamos lá pelas dez da Noite, saimos ralidinho para comer umas empanadas (especie de pastel de forno, especialidade local) e uma pizza e retornamos para nossa Bela e quentinha cama!

No dia seguinte iriamos a Angastaco e quebrada das flexas! Mais um lugar de paisagens impares!

Curtindo a companhia da Milagro!

CAFAYATE DAY 01

Retomando os posts depois de Cafayate (lê-se cafajate) !
No museu...

Nosso primeiro dia lá  foi no estilinho light... Acordamos tarde, Tomamos café e pegamos altas dicas com a Andrea (dona do hostel Nenny,  o qual nos hospedamos.)
Em Cafayate tem vaaaaaaaarias Bodegas (vinicolas) e os vinhos de lá são famosos na Argentina por serem os mais premiados do Pais.


Fomos primeiro na Bodega Nanny, que é a unica da região ainda 100℅ familiar e certificada por produzir vinhos organicos. O ambiente é muito agradavel, os vinhos deliciosos e por um preço bem razoável (cerca de 5usd por garrafa dos vinhos "comuns" e 8usd pelos vinhos de reserva)
Descobrimos também uma fabrica de queijos de cabra, mas estava fechada!

Com nossos horarios descompassados, perdemos o timing do almoco e todos os restaurantes da cidade fecharam, entao tivemos que fazer o "sacrifico" de comer deliciosos alfajores que compramos em uma Loja de fabrica e depois partimos para a segunda atraçao do dia, o "Museo de la Vid y Vino". Uma incrivel experiencia que contava, desde a historia do nascimento do vinho, passando pelo inicio da produçao na regiao de Salta, processos produtivos, etc... Tudo muito explicadinho e interessante, repleto de poesias sobre a cidade e região.

Um brinde a Cafayate!

Por Volta das 19h, já famintos, fomos em busca do nosso "almojanta". Obviamente estava quase tudo fechado, mas conseguimos encontrar um restaurantezinho gourmet chamado "Terruño", com um garçon simpatico e comunicativo, que servia carnes maravilhosas! Jantamos e fomos para casa descansar, pois o dia seguinte prometia! Iriamos passear pelo Rio Colorado, ver suas "cascadas" e suas "cuevas" indigenas! E o melhor, acompanhados por um guia local, tambem indigena, que nos seria indicado pela esposa do cacique da tribo Cachaqui, ainda residentes e proprietarios das terras locais! Show!



sábado, 13 de setembro de 2014

RUMO A CAFAYETE

Venda de artesanato pelo caminho...
Pé na estrada, ruta 16 e 890km previstos em 12h pelo GPS. Obviamente seria um dia loooooongo!
Nossa maior preocupação obviamente era a Policia, que historicamente achaca os brasileiros por aqui, mas para nossa grata surpresa ontem foi um dia tranquilo nesse sentido. Somente perto de "Monte Quemado" um policial nos abordou com o seguinte papo (no te quiero molestar, pero no tenemos energia eletrica y si te puedes ayudar con alguna plata para gasolina...) Nao deixamos nada e partimos!

Descibrimos que os postos shell e petrobras aceitam cartões e alguns YPF tambem. No debito, peça a opçao "conta coriente" que dá certo! Mas é sempre bom ter $$ porque muitos postos nao aceitam! A gasolina aqui realmente é melhor que a brasileira, a autonomia melhorou bastante e o rendimento tambem. Aqui na Argentina a gasola (nafta) super custa entre 13 e 16 pesos.
Logo depois de Monte Quemado ainda na Ruta 16 tem uns 70km MUITO castigados, completamente esburacados e dificeis de andar! A velocidade caiu de 110km/h para no Maximo 40km/h, retardando um bocado nossa viagem.

Pôr do sol na estrada!
Nosso por-do-sol foi com os andes ao fundo! Fomos seguindo o caminho do GPS que nos levavam até antes da cidade de Salta. Entramos na rota indicada que era mais uma vez por estrada de ripio, só que dessa vez, 206km. Resolvemos não entrar, pois já eram 21h e resolvemos nao arriscar uma estrada erma, desconhecida e de terra, num país estrangeiro.

Seguimos até Salta, e esbarramos com uma belissima procissão da padroeira aqui, muitas pessoas mobilizadas, acompanhamento policial, etc... Segunda, dia 15 é feriado em Salta, em homenagem a Virgem Santissima!

Paramos para abastecer e "ceñar" num posto Shell. O povo daqui é muito simpatico, prestativo e cordial. Depois do jantar descemos rumo a Cafayete, 200km serra acima, curvinhas sinuosas e uma pista muito bem cuidada!
Cem mil km. da Frebie!
Fomos parados pela Policia pela ultima vez por volta de 1am em Guachipas, onde o guarda, muito simpatico, somente nos aviso que a Estrada era perigosa e para tomarmos cuidado com a velocidade. Desejou boa viagem e fomos!

Serra acima, acostamento de terra, curvas bem fechadinhas, vacas dormindo na Beira da estrada, muitos peregrinos cruzando de bike e uma paisagem linda escondida pelo breu da noite.
No meio da serra a Freebie completou seus 100mil km devidamente registrados!
Chegamos aqui no hostel da Nena por volta das 2:40 da manhã e fomos muitissimo bem recebidos pela Andrea. O lugar aqui é muito agradavel! A Diana ficou apaixonada pela cidade e aqui pelo hostel!

Tiramos o fim de semana off aqui e descobrimos que tem muita coisa pra ser feita por aqui! Cachoeiras, cavernas indigenas, viniculas e museus!
Depois de 17h de Estrada, um pouquinho de descanso e diversão!


Ruta 68 a noite.